terça-feira, janeiro 30, 2007

Duvidanças de uma mente curiosa, 11

A propósito do próximo referendo, novamente:

1) Serei eu o único a achar que o objecto referendável a 11 de Fevereiro não será tanto se o aborto é coisa boa ou má, se há pessoa humana desde a concepção ou não, se a mulher abortanda deve ser perseguida ou não, etc., mas sim qual a posição da populaça votante face à natureza e função do direito penal do Estado?

2) Haverá lugar, no espaço público monológico, para quem tende a aceitar que há pessoa humana desde o momento da concepção, e que mesmo assim, pela maneira como entende a função do direito penal do Estado do qual é membro, favorece a despenalização?

3) O programa televisivo Prós e Contras de ontem não parecia uma história a acrescentar ao filme Babel (excelente, aliás), em que ninguém consegue comunicar com alguém? (Adendando: se os jogadores do SLBenfica não podem sair à noite durante os dias de trabalho, o treinador não deverá dar o exemplo? Que diabo estava Fernando Santos ali a fazer?)

4) Não é interessante notar que os esquerdistas, que normalmente querem mais Estado, rejeitam nesta matéria o direito penal como educador, e os direitistas, que normalmente querem menos Estado, exigem nesta matéria o direito penal como educador? Não são os paradoxos engraçados?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Muito engraçados mesmo...

31/1/07 00:44  

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