quinta-feira, outubro 30, 2008

Indignação (II) - quotidiano

Quando eu era administrador de condomínio, um dos condóminos queixou-se-me de um pretenso defeito de construção nas fracções autónomas, a propósito da posição em que fora colocado na parede o suporte do telefone da banheira (ao lado das torneiras, para aí 2 ou 3 palmos acima): «Aquilo não é um chuveiro, não é nada, vizinho. Onde é que já se viu um chuveiro em que a pessoa tem quase de se deitar na banheira para receber a água? A minha filha tem 3 anos, e mesmo assim o chuveiro só lhe consegue molhar as costas.» Não tive coragem para lhe dizer que a banheira não tinha chuveiro, que o suporte só serve para lá colocar o telefone quando não está a ser utilizado...

A dúvida que daqui ressalta é afinal a seguinte: como saber se os pressupostos para a nossa indignação estão correctos e são legítimos, de maneira a evitarmos fazer figuras tristíssimas?

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Figura triste faz o senhor a escrever um post tão pedante.

30/10/08 13:37  
Blogger André, o campos said...

Admiro-lhe a paciência. Pode dizer-se que o caro anónimo resiste à não performatividade da sua própria indignação perante a fraca qualidade dos meus posts. Definitivamente, não tenho a capacidade de "desinscrição" de José Sócrates...

30/10/08 15:52  
Blogger Tinta Permanente said...

Não faça caso nenhum André. Pura inveja e reles cobardia, pelo anonimato e provocação. Estes seres das trevas assolam-nos com relativa frequência. Pertencem a uma estirpe medieval, provêm da cave e exalam um odor a bolor ou enxofre, dependendo dos casos.

Um abraço

31/10/08 17:14  

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