quinta-feira, novembro 09, 2006
Acerca de mim
- Nome: José Gomes André
- Localização: Lisboa, Portugal
Investigador de Filosofia Política na FLUL. Preparo um Doutoramento dedicado ao pensamento político de James Madison e ao federalismo americano. Autor do livro “Sistema Político e Eleitoral Norte-Americano: um Roteiro”, incluído em “O Regresso da América” (de Viriato Soromenho-Marques), Esfera do Caos, 2008.
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4 Comments:
há 17 anos:
uma questão de justiça histórica;
Hoje:
http://www.worldpress.org/Mideast/2212.cfm
http://www.globalsecurity.org/security/systems/mexico-wall.h
O império da conveniência.
A ausência de memória histórica é um dos piores defeitos dos políticos da actualidade (o exemplo do esquecimento do guetto de Varsóvia por parte de Israel é dos mais referidos).
prazer em conhecer este blogue.
Caro Castanheira, concordo em parte, apenas porque a comparação dos casos não é justa. Aliás, além dos dois exemplos que deste, existem uma dezena de muros "fronteiriços" espalhados pelo mundo (o Expresso - ou o Sol, não me recordo) fez recentemente um belo trabalho sobre o assunto.
Vejamos: há muros com objectivos "defensivos" e perfeitamente aceitáveis (Kuwait/Iraque). Outros têm como objectivo prevenir a imigração e, embora eu não esteja de acordo com o procedimento, aceito-o como UM MÉTODO complementar a uma política de imigração, que não deve ficar-se por aí, mas que TAMBÉM pode passar por aí (o caso EUA-México).
Um caso claramente mais negativo é o de Israel-Palestina, onde o objectivo, mesmo sendo meritório, adensa ainda mais as divergências entre os dois países, e toca na tecla da discriminação e da "guetização".
Apesar de tudo, o muro de berlim tinha outro peso e significado, na medida em que separava dois blocos ideológicos NA MESMA CIDADE, e não entre dois Estados propriamente ditos. O muro de Berlim, além do mais, está associado a um regime opressor, representando um exemplo de privação de liberdade e totalitarismo que nenhum dos muros modernos possui. Os mexicanos podem ir livremente aos EUA, desde que munidos de um visto de turismo ou de trabalho. Um mexicano que se aproxime do muro de separação não leva com um tiro nos miolos. Quanto muito, pode ser levado à justiça se tentar forçar a sua passagem.
Ora, em Berlim, durante quase 30 anos, uma geração inteira foi impedidade de visitar os seus familiares, ou de sair do seu país. Morreram dezenas de pessoas tentando escapar, assassinadas a sangue-frio. E os seus passos, as suas conversas, e as suas eventuais críticas à existência desse muro eram alvo de controlo permanente e - obviamente - de sanções imediatas. O muro de Berlim não representa por isso a simples "guetização" de um povo, mas sim uma tentativa de anular a sua individualidade e a sua liberdade - num sentido propriamente ontológico.
E há os "muros de vidro" que nem a todos é dado percepcionar e/ou transpor. O Dr. Álvaro André explica-os bem no livro com o mesmo título. E sim, configuram uma forma de guetização.
Mas talvez isto não fosse para aqui chamado. O de Berlim foi físicamente e continuará a ser na memória histórica não apenas uma aberração, mas ainda uma obscenidade. Dos outros, mais ou menos "guetizantes" ou justificàveis, espera-se que não encerrem as mesmas perspectivas "obscenas" de relação entre povos. Belo blogue.
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