sexta-feira, janeiro 05, 2007

Selo de garantia

Apetece-me ir ao cinema. Visito o site do Público em busca de uma orientação e no “Cinecartaz” deparo-me com a crítica ao filme “Babel”, de Alejandro Iñárritu. Jorge Mourinha e Vasco Câmara atribuem-lhe uma estrela. Mário Jorge Torres fica-se pela bola preta. Este último lança críticas ferozes à fita:

“A encenação [de Babel] deambula pelos três espaços (...) sem tom nem som, desperdiçando tudo: paisagens desérticas e urbanas, actores carismáticos, mensagem política com todos os cordelinhos à mostra. Se o objectivo era mesmo demonstrar à exaustão os malefícios da globalização, o projecto precisaria, para não cair neste demagógico exercício sobre o vazio, de personagens que ultrapassassem a caricatura estereotipada, de um "timing" adequado para gerir saltos no tempos (...) e, sobretudo, de uma noção mínima do entrosamento (complicado) entre diferenças culturais e comportamentos cívicos. Assim, com tudo "a trouxe-mouxe", o filme escorrega na demagógica tentação de opor os "bons selvagens" à selvática repressão policial; jogando com o poder do aleatório, uma espécie de caricatural escrita automática, para justificar a anarquia narrativa e o bocejo generalizado, que se instala”.

Fico desiludido. Presto-me a sair do site, mas não sem uma última surpresa: em grande destaque, leio no topo da página que este filme é “recomendado pelo Cinecartaz”. Imaginem se não fosse...

3 Comments:

Blogger Pedro Correia said...

Essas críticas negativas são um grande incentivo a ver o filme, meu caro.

5/1/07 19:53  
Blogger Pedro Correia said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

5/1/07 19:53  
Blogger Catch said...

Eheh

Pois eu cá gostei. Talvez por não ir com grandes expectativas - o que deve ter sido o problema dos críticos.

Bons filmes

11/1/07 13:01  

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