Tantos dedos para tão poucos feitos
Discutiam-se no “Prós e Contras” os resultados da governação socialista. Augusto Santos Silva precipita no ar a sua mão direita, preparando-se para uma choruda enumeração. Polegar em cima: o défice diminuiu. Segue-se o indicador: o desemprego desceu (uma centésima, devia ter acrescentado). No dedo médio ainda conseguiu declamar a custo: as exportações aumentaram. Já com o anelar em riste, o ministro hesita. A sua longa lista de felicidades públicas transformou-se num desalentado cabaz de coisa nenhuma. Mas um bom político tem sempre um truque na manga: ainda com a mão estendida no ar, Santos Silva dispara: “Perguntam-me se há resultados? Acham que se não existissem resultados as sondagens davam 45% de intenção de voto no Governo?”.
Os sacrifícios e as desilusões deste país pequenino não são nada quando comparados com o vórtice do poder que alimenta a mesquinhez da classe política nacional. Portugal está na fossa e não há sinais de melhorias? Que importa? As sondagens dão a vitória ao PS, por isso tudo está bem. Deve estar. Tem que estar.
Os sacrifícios e as desilusões deste país pequenino não são nada quando comparados com o vórtice do poder que alimenta a mesquinhez da classe política nacional. Portugal está na fossa e não há sinais de melhorias? Que importa? As sondagens dão a vitória ao PS, por isso tudo está bem. Deve estar. Tem que estar.
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