Arrenda-se?
A decisão do Governo em reduzir o investimento no IAJ (Incentivo ao Arrendamento por Jovens) é intrigante e, a meu ver, errada. Merecerá os aplausos de vários sectores da população (sobretudo de pessoas que vivem tranquilamente numa casa paga ou habitam em apartamentos de terceiros), que encaram qualquer corte nos subsídios do Estado como uma medida positiva, mas uma observação atenta demonstra que esta opção é, no mínimo, incoerente.
Por um lado, a poupança que ela permite é quase insignificante. Importa clarificar que o IAJ é um subsídio relativamente limitado, sendo concedido por um período máximo de 5 anos e não podendo ultrapassar os 250 euros mensais. Não falemos demagogicamente em “esmola do Estado” – porque ninguém enriquece à custa deste expediente.
Por outro lado, ela diminui consideravelmente as alternativas das pessoas que, saídas das universidades, agora começam as suas carreiras e procuram organizar as suas vidas. Isto porque, embora não pratique os exorbitantes preços pedidos para compra de casa, o mercado de arrendamento exige valores altos, sobretudo nas grandes cidades. Assim sendo, a alternativa a este género de subsídio é o endividamento.
A incoerência desta decisão radica na constatação deste facto simples: se se retirar este incentivo aos jovens entre os 20 e os 30 anos – que efectivamente capacita os seus beneficiários a entrar no mercado de arrendamento (dinamizando-o e usufruindo das suas vantagens imediatas) – convida-se os mesmos ou a regressarem a casa dos seus pais e a aí permanecerem até aos 30 ou 35 anos, ou a dirigirem-se ao banco mais próximo e contraírem empréstimos por 40 anos. Independentemente do prisma de observação, esta medida consigna portanto uma inquestionável deterioração da condição económica e/ou social dos jovens, limitados logo no início da sua vida.
Por um lado, a poupança que ela permite é quase insignificante. Importa clarificar que o IAJ é um subsídio relativamente limitado, sendo concedido por um período máximo de 5 anos e não podendo ultrapassar os 250 euros mensais. Não falemos demagogicamente em “esmola do Estado” – porque ninguém enriquece à custa deste expediente.
Por outro lado, ela diminui consideravelmente as alternativas das pessoas que, saídas das universidades, agora começam as suas carreiras e procuram organizar as suas vidas. Isto porque, embora não pratique os exorbitantes preços pedidos para compra de casa, o mercado de arrendamento exige valores altos, sobretudo nas grandes cidades. Assim sendo, a alternativa a este género de subsídio é o endividamento.
A incoerência desta decisão radica na constatação deste facto simples: se se retirar este incentivo aos jovens entre os 20 e os 30 anos – que efectivamente capacita os seus beneficiários a entrar no mercado de arrendamento (dinamizando-o e usufruindo das suas vantagens imediatas) – convida-se os mesmos ou a regressarem a casa dos seus pais e a aí permanecerem até aos 30 ou 35 anos, ou a dirigirem-se ao banco mais próximo e contraírem empréstimos por 40 anos. Independentemente do prisma de observação, esta medida consigna portanto uma inquestionável deterioração da condição económica e/ou social dos jovens, limitados logo no início da sua vida.
Etiquetas: arrendamento, IAJ
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