terça-feira, fevereiro 13, 2007

Duvidanças de uma mente curiosa, 14

A propósito de algumas parvoíces:

- A demanda de Pedro Arroja em tornar-se o João César das Neves da sua geração (evidenciada aqui e aqui, por exemplo) leva-me a inquirir: porque é que o comprometimento ideológico e religioso de uma pessoa leva-a a tornar-se cientificamente inválida?

- Noticia o DN que Concessionárias pedem dois milhões ao Estado, por terem sido lesadas nos seus direitos contratuais. E quais são os motivos e os factos invocados para a dita compensação? Segundo o DN, (1) "alterações impostas pelo concedente por motivos de esfera política ou resultantes de intervenções do poder local", (2) "atrasos na execução pela demora nas declarações de impacte ambiental ou na entrega de terrenos", e (3) "a evolução da procura abaixo do previsto". Os dois primeiros parecem-me razoáveis, se contratualmente previstos, ou se correspondem a modificações contratuais unilaterais por parte do concedente (porque só nas relações bancárias é que impera o estranho hábito de o banco realizar alterações contratuais, sendo os custos correspondentes suportados pelo outro contratante). Quanto ao terceiro, sinceramente não percebo: quando uma empresa concorre a determinada exploração comercial, não faz os seus próprios estudos de viabilidade financeira da dita exploração? Entrar no mercado (mesmo que não concorrencial) não acarreta riscos? Não acarreta poder ganhar, mas pelo simples facto de se estar lá a fazer o que se faz, poder também perder? Quando é que os empresários portugueses percebem que a sua actividade é uma actividade de risco, que implica ganhar ou perder, consoante a sua capacidade, e que não é função do Estado suportar a mediocridade? É que assim sendo, não hesito: também quero ser concessionário de alguma coisa. Dessa maneira, I can't lose...

- Como é que o presidente do Irão, aqui, continua a acreditar piamente na estultícia de todas as outras nações do mundo?