Coisas que fazem rir, 10
Notícia do DN da passada quarta-feira: «[...] a PSP teve de intervir durante o discurso de Alberto João Jardim no nó que liga a via rápida ao Bairro da Nazaré. [...] centenas de pessoas enchem os passeios. No meio da multidão os candidatos do PND, mais o actor que interpreta Manuel do Bexiga, aquecem os ânimos. Jardim finge que nada se passa, mas as "bocas" lançadas pela personagem não deixam dúvidas. Uma jovem ameaça "aquelas bestas com uma porrada" e, de imediato, passa à agressão. A polícia intervém.
Já no palco, Jardim, na qualidade de presidente do governo demissionário, decide homenagear aqueles que "foram enxovalhados por alguns que, na Madeira, ganharam fortunas à custa dos trabalhadores madeirenses". Lembrou os homens que "plantaram a cana-de-acúçar e que a entregavam no engenho do Hinton, deitados no muro da ribeira, com a balança que era do patrão e que pagava o que queria".
Nesta altura percebe-se que o discurso vai azedar. Um dos elementos da PND presente na inauguração, Jorge Welsh, é herdeiro dos Hinton. Mas o pior estava para vir quando Jardim se dirige "aos colonos do Baltazar que não remiam a terra", sendo preciso "ir para tribunal para que a terra fosse entregue" a quem a trabalhava.
"Evoco todos esses trabalhadores humilhados e ofendidos por famílias que deviam ter vergonha do passado e ter honra na Madeira Nova." De repente, uma voz saída da multidão grita: "Mentiroso, mentiroso. Você é um mentiroso", sobrepondo-se às palavras de Jardim. É Baltazar Aguiar, candidato do PND, cunhado de Manuel Monteiro e filho do primeiro líder do CDS/ /PP regional, o advogado Baltazar Aguiar, que não admite a referência de Jardim à sua família.
A confusão instala-se. Baltazar continua. Jardim mal consegue acabar o discurso. A PSP cerca os homens do PND. Ao mesmo tempo, Baltazar diz que Jardim "está a insultar milhões de madeirenses", pois na ilha, "incluindo na família dele [Jardim], houve colonos e senhorios". "A minha família foi colona e senhoria. É uma vergonha que este senhor, 30 anos depois de Abril, venha virar o povo contra o povo. E que a cinco dias das eleições se façam inaugurações eleiçoeiras para insultar as pessoas."
Um homem de cadeira de rodas eléctrica, com uma criança ao colo, tenta atropelar o orador. A polícia mete-se a meio. Jardim está afastado. Diz que não se apercebeu de nada. Segue para a terceira inauguração, a de uma ETAR no Caniçal.»
Já no palco, Jardim, na qualidade de presidente do governo demissionário, decide homenagear aqueles que "foram enxovalhados por alguns que, na Madeira, ganharam fortunas à custa dos trabalhadores madeirenses". Lembrou os homens que "plantaram a cana-de-acúçar e que a entregavam no engenho do Hinton, deitados no muro da ribeira, com a balança que era do patrão e que pagava o que queria".
Nesta altura percebe-se que o discurso vai azedar. Um dos elementos da PND presente na inauguração, Jorge Welsh, é herdeiro dos Hinton. Mas o pior estava para vir quando Jardim se dirige "aos colonos do Baltazar que não remiam a terra", sendo preciso "ir para tribunal para que a terra fosse entregue" a quem a trabalhava.
"Evoco todos esses trabalhadores humilhados e ofendidos por famílias que deviam ter vergonha do passado e ter honra na Madeira Nova." De repente, uma voz saída da multidão grita: "Mentiroso, mentiroso. Você é um mentiroso", sobrepondo-se às palavras de Jardim. É Baltazar Aguiar, candidato do PND, cunhado de Manuel Monteiro e filho do primeiro líder do CDS/ /PP regional, o advogado Baltazar Aguiar, que não admite a referência de Jardim à sua família.
A confusão instala-se. Baltazar continua. Jardim mal consegue acabar o discurso. A PSP cerca os homens do PND. Ao mesmo tempo, Baltazar diz que Jardim "está a insultar milhões de madeirenses", pois na ilha, "incluindo na família dele [Jardim], houve colonos e senhorios". "A minha família foi colona e senhoria. É uma vergonha que este senhor, 30 anos depois de Abril, venha virar o povo contra o povo. E que a cinco dias das eleições se façam inaugurações eleiçoeiras para insultar as pessoas."
Um homem de cadeira de rodas eléctrica, com uma criança ao colo, tenta atropelar o orador. A polícia mete-se a meio. Jardim está afastado. Diz que não se apercebeu de nada. Segue para a terceira inauguração, a de uma ETAR no Caniçal.»
1 Comments:
É uma pena que os nossos realizadores de cinema estejam pouco atentos à vida política nacional... Esta cena merecia um Scorcese! Um HOMEM DE CADEIRA DE RODAS ELÉCTRICA COM UMA CRIANÇA AO COLO TENTA ATROPELAR O ORADOR!!! Isto ganhava o Oscar, de caras!
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