domingo, junho 03, 2007

Dar o exemplo

Na sequência de mais uma cimeira do G-8, activistas de extrema-esquerda protestaram em Rostock contra o capitalismo e a globalização, apelando ao fim da Guerra no Iraque e à manutenção da paz no mundo. Em seguida, lançaram pedras, garrafas, cocktails molotov e outros engenhos pirotécnicos sobre a polícia.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E foi um episódio violento, tão violento que até dava a ideia que o grupo estava a defender a guerra.

3/6/07 10:53  
Anonymous Anónimo said...

Pelo que percebi, essas acções violentas (incomparáveis às que são o pão nosso de cada dia no Iraque e noutros lugares não tão noticiados) não foram levadas a cabo massivamente pelos milhares de pessoas que participam na manifestação, mas unicamente por um determinado grupo alemão de radicais. Convém acrescentar esta pequena nuance para não pintarmos outra vez esses "activistas de extrema esquerda" como monstros que comem criancinhas ao pequeno-almoço.
Abraço

3/6/07 20:00  
Blogger Ângulo Saxofónico said...

Deve haver gente muito bem informada, para se afirmar com tanta certeza que as acções violentas (e o Zeca faz notar muito bem que o greu da violência e da desumanidade obedece a uma estranha taxionomia geográfica) foram perpetradas por "activistas de extrema esquerda". Já agora, que grupos, meu caro? Abraço.

4/6/07 01:39  
Blogger José Gomes André said...

Meus caros, acho que o essencial da história não é se os grupos são de extrema-esquerda ou liberais... O que está em causa é um certo "Zeitgeist" anarquista, que mistura ambientalismo caviar, pacifismo "à la carte", discursos demagógicos contra a globalização (e porquê?), contra o capitalismo, e contra bush, apregoando as suas boas intenções - mas, à primeira oportunidade, toca a chatear a "autoridade" com paus e pedras, porque eles representam "o regime" e "o poder".

Isto que se passou em Rostock não é novo... Recordo-me, aliás, com as devidas diferenças, da bela "manif" "anarco-libertária" no Chiado, com o pretexto de festejar as liberdades de Abril, que acabou com lindas cenas... (lojas destruídas, vidros partidos, etc.). O filme é sempre o mesmo: "pela paz, pela paz, pela paz, mas é à nossa maneira... não estão interessados? aqui vai disto..."

Neste caso concreto, a própria polícia esclareceu que se tratou de um grupo específico (um tal de "bloco negro") a causar os principais distúrbios, mas também é certo que esse grupo era um dos organizadores da manifestação e que nem por isso a mesma foi cancelada.

4/6/07 02:55  
Anonymous Anónimo said...

Parece-me que não é justo descrever de uma forma tão leviana o motivo pelo qual essos grupos se manifestam. E já agora, aquilo que se encontra na base do protesto é cada vez mais, não a globalização em si (pois ela é inevitável e a própria formação de movimentos transnacionais a partir de uma "sociedade civil mundial" resulta desse mesmo processo globalizador), mas este tipo muito particular de globalização realmente injusta para a maior parte dos habitantes deste calhau perdido no espaço. E parece-me escusado, mais uma vez, castigar milhares de pessoas por culpa de um grupo concreto de agitadores (mesmo que tenham sido eles a organizar a manifestação).

E quanto ao "Zeitgeist" de que falas, parece-me que é reconfortante saber que, num mundo tendencialmente uniformizado e cinzento, ainda há quem não se conforme e aspire a outra coisa.

Mas se calhar também já estou contaminado pela suposta incoerência dos rapazes, é provável...

4/6/07 15:24  

Enviar um comentário

<< Home