quinta-feira, julho 12, 2007

Duvidanças de uma mente curiosa, 44

Ainda a propósito do ler-se ou não filosofia:

- Na antepenúltima página do JL surge sempre uma rubrica pedindo a alguns indivíduos que listem os "livros da sua vida", dez de autores portugueses e dez de autores estrangeiros. Não surpreende que mais ou menos os mesmos livros surjam invariavelmente na maior parte das listas, e não interessa agora para aqui se o indivíduo que os lista tenha-os mesmo lido ou não. Pois neste último número surge Miguel Real que, pasme-se, lembra-se de incluir um número considerável de obras de filosofia (na parte de autores estrangeiros, claro). A dúvida que me assalta é: porque é que os outros nunca indicam obras de filosofia? Muito se fala em publicar os clássicos disto e daquilo, o berço da nossa civilização, o esqueleto da nossa identidade cultural, as criancinhas que não sabem que houve passado, etc. Mas porque será que os nossos "intelectuais" pouco invocam clássicos não poéticos? Não lhes tocam fundo? Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, Descartes, Spinoza, Leibniz, Kant, Hegel, Nietzsche, nada terão dito que leve alguém a crê-los melhores escritores que Tom Wolfe ou Milan Kundera? Ou poderá ser possível que a maior parte dos "intelectuais" da nossa praça nunca os tenha pura e simplesmente lido?...

1 Comments:

Blogger E. A. said...

Não os leram. Como é claro. ;)

12/7/07 11:38  

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