Alberto Gonzales: o exterminador implacável
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Subiu a pulso nos meandros judiciais no Texas, onde se tornou amigo pessoal de Bush – quando este verdadeiramente reinou no Estado. Com a chegada dos Republicanos ao poder, assumiu o cargo de Procurador-Geral, tornando-se um dos principais ideólogos da Administração: Gonzales foi um dos cérebros do Patriot Act, da limitação de direitos a cidadãos suspeitos, das recomendações da prática de tortura durante os interrogatórios a terroristas, de memorandos que consideravam a Convenção de Genebra “obsoleta”, dos bons hábitos de Guantanamo, da implementação de um sistema nacional de escutas ilegais.
A utilização recorrente de expedientes duvidosos – entre os quais se destacou a exoneração arbitrária de oito procuradores federais, em Janeiro passado – levou o Congresso a investigar as suas actividades, devido a suspeitas de que Gonzales teria violado e abusado das suas prerrogativas. Vários congressistas e senadores, Republicanos e Democratas, exigiram a sua demissão, à semelhança da opinião pública, que sempre o considerou uma das personalidades mais sinistras da Administração.
Caiu no fim de Agosto. Pena que tenha deixado para trás um tão grande rasto de destruição.
Etiquetas: EUA
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