Alberto Gonzales: o exterminador implacável (II)
Um dos momentos mais embaraçosos da carreira de Alberto Gonzales ocorreu aquando da investigação do Congresso às suas actividades como Procurador-Geral. Um comité de senadores e congressistas interrogou-o sobre os motivos e as condições precisas que levaram à exoneração injustificada de oito procuradores federais. Gonzales, que não queria admitir terem-se tratado de destituições puramente políticas (o que seria proibido por lei), nem pretendia cometer perjúrio, socorreu-se de um truque rasteiro, afirmando que lapsos de memória o impediam de recordar com exactidão os acontecimentos. Gonzales não soçobrou perante o comité, mas levou tão a sério a sua desculpa que chegou ao cúmulo de utilizar a expressão “I don’t recall” (“não me recordo”) setenta e duas vezes numa única sessão das audiências! Um verdadeiro caso de Alzheimer galopante...
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