terça-feira, outubro 30, 2007

Será que Marx se benzia?

A Sofia lançou-me um repto para participar em mais uma corrente blogosférica. O desafio é simples: pegar no primeiro livro que se encontrar à mão e transcrever a quinta frase da página 161. Promover o aleatório à condição de fundamento: parece-me um bom exercício nesta época de puro non-sense político, cultural e social.

Como não tenho nenhum livro em cima da mesa, procurei na estante, olhando directamente para a secção de filosofia contemporânea. Destacou-se Ideologia e Utopia, de Paul Ricouer (trad. port. Edições 70). Receando o pior, lá fui à página 161, quinta frase completa: “Não devemos transformar o marxismo numa apologética do cristianismo; era a pior coisa que podíamos fazer”. Apetece acrescentar: não só seria a pior coisa que podíamos fazer, como seria mesmo a coisa mais disparatada que podíamos fazer. Se bem que seria curioso imaginar Jerónimo de Sousa e Odete Santos em peregrinação até Fátima...

Como manda a praxe nestas correntes blogosféricas, lanço o desafio a outros camaradas: ao Boécio (do Ângulo Saxofónico), ao Alexandre Borges (do 31 da Armada), ao Ega (do Liberdademocrática), ao Nélio (do Und3rblog) e ao outro escriba do BPC (não vale escolher Espinosa, André!).