Silêncio ensurdecedor
Há vários dias que a Turquia ameaça invadir o Norte do Iraque para enfrentar o PKK e “resolver” um diferendo de décadas com os curdos. Estão em curso manobras militares inequivocamente à margem do direito internacional e dos compromissos turcos com a NATO e a ONU. O que tem a União Europeia a dizer sobre o assunto? Nada. Javier Solana fez umas declarações inócuas sobre a “integridade do Iraque”. Durão Barroso apelou à calma e parece que um deputado belga falou sobre a necessidade de “apelar a um consenso” (resta saber entre quem).
Esta reacção define bem o que tem sido a política da UE nos últimos anos: um silêncio institucional, uma desresponsabilização, um assobiar para o lado – entrecortado por umas quantas tiradas avulsas e inofensivas. Impressiona esta hipocrisia, um misto do mais cínico tacticismo e da mais absoluta passividade. São atitudes como esta que minam a construção europeia e a credibilidade da UE.
Esta reacção define bem o que tem sido a política da UE nos últimos anos: um silêncio institucional, uma desresponsabilização, um assobiar para o lado – entrecortado por umas quantas tiradas avulsas e inofensivas. Impressiona esta hipocrisia, um misto do mais cínico tacticismo e da mais absoluta passividade. São atitudes como esta que minam a construção europeia e a credibilidade da UE.
2 Comments:
Isto faz-me lembrar enviesadamente aquela expressão "put your money where your mouth is".
Ora se não houver "money", better keep your mouth shut. Só que no caso da UE, substitua-se "money" por "military".
a vergonha deixou de fazer sentido. foi promovida à categoria de arcaísmo.
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