Um Rei em Lisboa
Ninguém pede ao Governo português que barre a entrada a Putin no nosso país ou que entre numa guerra institucional com a Rússia. Mas era preciso todo este aparato, esta subserviência, este rebaixamento do Estado português? Dadas as relações perigosas do senhor Putin (bastar recordar a sua visita recente ao Irão) e o seu currículo recheado de tendências duvidosas (conduta autoritária, atentados aos direitos humanos, asfixia da democracia, etc.) não teria sido prudente optar por um protocolo mais discreto? Era mesmo necessário encerrar edifícios públicos, cortar metade das vias de Lisboa e transformar a capital numa gigantesca passerelle?
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