No meio está a virtude
Poderá ser uma ideia fora de moda, mas talvez fosse bom reavaliar a importância de seguir uma política de moderação nas relações internacionais. Actualmente este campo é dominado por uma censurável dicotomia.
De um lado, vinga a postura extremista, desafiadora e agressiva de um Chávez, por exemplo, que prefere o insulto fácil à negociação complexa. Veja-se a polémica relativa à Colômbia, que serviu para novo número de circo que todavia apenas isola o polémico líder venezuelano cada vez mais.
Por outro lado, inúmeros países parecem adoptar apenas uma espécie de cinzento contraponto, caracterizado pela absoluta anuência perante as outras nações, numa atitude onde não raras vezes convivem uma estranha subserviência e uma irritante bajulação. Basta recordar o que tem sido a política externa do Governo de Sócrates nos últimos dois anos, que conseguiu a proeza de lisonjear George Bush, encomiar Putin e aplaudir Chávez, sempre com inenarráveis episódios pelo caminho, algures entre o fait-divers e a calinada linguística.
Nas relações internacionais desaconselham-se posturas provocatórias, pois estas inviabilizam a discussão e a obtenção de princípios de acordo fundamentais para preservar a paz nas diferentes regiões/continentes. Todavia, uma posição totalmente subalterna e diminuída, num clima de autêntico servilismo, em nada favorece esse necessário debate, que confronta ideias, interesses e ambições naturalmente distintas, permitindo assim esclarecer os pontos de confluência e as condições necessárias para alcançar compromissos.
O mundo só teria a ganhar se os líderes mundiais e os respectivos governos orientassem as relações internacionais segundo uma lógica de equilíbrio, em detrimento destes dois modelos extremistas, distintos no tom, mas semelhantes no insucesso que necessariamente acarretam.
De um lado, vinga a postura extremista, desafiadora e agressiva de um Chávez, por exemplo, que prefere o insulto fácil à negociação complexa. Veja-se a polémica relativa à Colômbia, que serviu para novo número de circo que todavia apenas isola o polémico líder venezuelano cada vez mais.
Por outro lado, inúmeros países parecem adoptar apenas uma espécie de cinzento contraponto, caracterizado pela absoluta anuência perante as outras nações, numa atitude onde não raras vezes convivem uma estranha subserviência e uma irritante bajulação. Basta recordar o que tem sido a política externa do Governo de Sócrates nos últimos dois anos, que conseguiu a proeza de lisonjear George Bush, encomiar Putin e aplaudir Chávez, sempre com inenarráveis episódios pelo caminho, algures entre o fait-divers e a calinada linguística.
Nas relações internacionais desaconselham-se posturas provocatórias, pois estas inviabilizam a discussão e a obtenção de princípios de acordo fundamentais para preservar a paz nas diferentes regiões/continentes. Todavia, uma posição totalmente subalterna e diminuída, num clima de autêntico servilismo, em nada favorece esse necessário debate, que confronta ideias, interesses e ambições naturalmente distintas, permitindo assim esclarecer os pontos de confluência e as condições necessárias para alcançar compromissos.
O mundo só teria a ganhar se os líderes mundiais e os respectivos governos orientassem as relações internacionais segundo uma lógica de equilíbrio, em detrimento destes dois modelos extremistas, distintos no tom, mas semelhantes no insucesso que necessariamente acarretam.
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