Um até breve?
O chumbo ao referendo proposto por Chávez foi enaltecido por quadrantes à esquerda e à direita por motivos óbvios. Muitos (todos?) suspiraram de alívio por não se ter assistido à entronização de um líder que tem revelado preocupantes tendências autoritárias e populistas, tendo sido ainda elogiados a surpreendente mobilização do eleitorado e o sinal de vivacidade democrática demonstrado pelos venezuelanos, capazes de contrariar nas urnas as aspirações do seu “querido líder”.
Confesso que partilho apenas parcialmente deste entusiasmo. Em primeiro lugar, porque – ao contrário do que muitos disseram – este não foi um plebiscito a Chávez, mas sim o chumbo de um determinado modelo constitucional com evidentes traços monárquicos que um povo cioso da sua liberdade dificilmente poderia tolerar (fosse ele venezuelano, brasileiro ou americano). Em segundo lugar, porque a forma como Chávez interpretou os resultados mostra que as suas ambições desmedidas e o seu apego ao poder não foram em nada diminuídos. Basta recordar as suas próprias palavras, quando recomendou à oposição que não ficasse demasiado animada com o resultado porque tudo não tinha passado de um mero “adiamento” (“por ahora” foi a expressão utilizada).
Sei que estas palavras passaram mais ou menos despercebidas, mas considero que elas são motivo suficiente para recearmos os acontecimentos futuros na Venezuela.
Confesso que partilho apenas parcialmente deste entusiasmo. Em primeiro lugar, porque – ao contrário do que muitos disseram – este não foi um plebiscito a Chávez, mas sim o chumbo de um determinado modelo constitucional com evidentes traços monárquicos que um povo cioso da sua liberdade dificilmente poderia tolerar (fosse ele venezuelano, brasileiro ou americano). Em segundo lugar, porque a forma como Chávez interpretou os resultados mostra que as suas ambições desmedidas e o seu apego ao poder não foram em nada diminuídos. Basta recordar as suas próprias palavras, quando recomendou à oposição que não ficasse demasiado animada com o resultado porque tudo não tinha passado de um mero “adiamento” (“por ahora” foi a expressão utilizada).
Sei que estas palavras passaram mais ou menos despercebidas, mas considero que elas são motivo suficiente para recearmos os acontecimentos futuros na Venezuela.
1 Comments:
não passaram despercebidas a todos. eu pelo menos fiquei muito desconfiada dessa sua frase a aliar ao facto de ele tb ter referido que a abstenção ter sido de 3 milhões de votantes e mtos desses poderiam ter votado a seu favor e a diferença entre o sim e o não ter sido mínima.
nada descansada portanto relativamente à venezuela. e ipsis verbis para a rússia do sr. putin, esse tb está a aprontá-las e bem...
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