Democratas no Nevada
Hillary Clinton venceu as Primárias no Nevada (51%), com um forte apoio do voto feminino (51%) e da comunidade hispânica (64%). A popularidade de Hillary junto do eleitorado hispânico pode revelar-se decisiva em Estados-chave desta disputa (a Califórnia e o Texas, por exemplo), onde este segmento eleitoral tem adquirido um maior peso.
Contudo, duas circunstâncias ensobraram a vitória de Clinton. Por um lado, Barack Obama (45%), mesmo perdendo no número de votos, conseguiu um maior número de delegados (13 contra 12 de Hillary), devido ao sistema de contagem do Nevada (que privilegia critérios geográficos e não populacionais). Por outro lado, Hillary obteve um péssimo resultado entre o eleitorado negro (14% contra 83 de Obama), o que prefigura grandes dificuldades nos Estados sulistas, onde existe um número elevado de afro-americanos. A próxima batalha disputa-se na Carolina do Sul e é bastante provável que Obama consiga um triunfo claro. Se assim for, Obama chegará à Super Terça-Feira (Primárias em vinte e dois Estados) na pole-position entre os Democratas, um cenário impensável há alguns meses atrás.
Obama continua a insistir num discurso de “mudança”, do qual a sua candidatura é um exemplo vivo: se eleito Presidente, tornar-se-ia o quinto Presidente mais jovem da história dos EUA, chegando à Casa Branca praticamente sem experiência política (apenas dois anos no Senado). Obama tem procurado juntar à grandiloquência dos seus discursos a imagem de um político capaz de reunir uma Administração competente e marcar o início de uma nova dinâmica governativa. Os resultados e as sondagens mostram que esta mensagem tem colhido frutos junto do eleitorado, e a possibilidade de Obama vir a ser o escolhido pelos Democratas já é algo mais do que um simples “conto de fadas”, para usar a expressão de Bill Clinton.
:: Dados sobre a votação no Nevada, aqui.
Contudo, duas circunstâncias ensobraram a vitória de Clinton. Por um lado, Barack Obama (45%), mesmo perdendo no número de votos, conseguiu um maior número de delegados (13 contra 12 de Hillary), devido ao sistema de contagem do Nevada (que privilegia critérios geográficos e não populacionais). Por outro lado, Hillary obteve um péssimo resultado entre o eleitorado negro (14% contra 83 de Obama), o que prefigura grandes dificuldades nos Estados sulistas, onde existe um número elevado de afro-americanos. A próxima batalha disputa-se na Carolina do Sul e é bastante provável que Obama consiga um triunfo claro. Se assim for, Obama chegará à Super Terça-Feira (Primárias em vinte e dois Estados) na pole-position entre os Democratas, um cenário impensável há alguns meses atrás.
Obama continua a insistir num discurso de “mudança”, do qual a sua candidatura é um exemplo vivo: se eleito Presidente, tornar-se-ia o quinto Presidente mais jovem da história dos EUA, chegando à Casa Branca praticamente sem experiência política (apenas dois anos no Senado). Obama tem procurado juntar à grandiloquência dos seus discursos a imagem de um político capaz de reunir uma Administração competente e marcar o início de uma nova dinâmica governativa. Os resultados e as sondagens mostram que esta mensagem tem colhido frutos junto do eleitorado, e a possibilidade de Obama vir a ser o escolhido pelos Democratas já é algo mais do que um simples “conto de fadas”, para usar a expressão de Bill Clinton.
:: Dados sobre a votação no Nevada, aqui.
2 Comments:
Não me querendo repetir, venho de novo manifestar a minha satisfação de poder seguir a campanha dos E.U.A aqui.
gosto particularmente da informação sóbria e apelativa. Continuem...
Atenção devida ao pormenor da eleição de delegados no Partido Democrata. É que aí os delegados são eleitos em proporcionalidade distrital, e não no sistema republicano de "the winner takes it all".
Nas primárias do Partido Democrata há então sempre duas eleições por Estado: a psicológica, quem teve mais votos; a efectiva, quem teve mais delegados. Isto significa que o mais votado, mesmo a nível nacional, pode não ser quem reúna mais delegados, não sendo assim o candidato presidencial. Atenção aos delegados, portanto.
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