Finais (in)felizes
Na versão original do bailado “O Lago dos Cisnes”, a heroína Odette, vendo o príncipe Siegfried casar por engano com a filha do feiticeiro (o mau da fita que a havia transformado em cisne), enche-se de tristeza e, num último acto de desespero, suicida-se. O príncipe, apercebendo-se do sucedido, imita a sua amada.
Este final trágico foi representado durante mais de seis décadas. Porém, depois da Segunda Guerra Mundial, o público exigia finais felizes, e as companhias de bailado passaram a apresentar um final alternativo, em que o par derrota o terrível feiticeiro e fica junto para sempre.
Num destes dias, fui assistir à versão da Companhia Nacional de Bailado, curioso para saber qual a decisão tomada quanto ao final. Como estava anunciado que a apresentação iria seguir a coreografia de Marius Petipa (um dos primeiros dinamizadores da obra) imaginei que talvez pudesse assistir à versão original. Puro engano: o feiticeiro é derrotado, o par amoroso triunfa e o bailado termina num romantismo algo bacoco.
Pobre civilização a que não enaltece as profundezas do trágico.
Este final trágico foi representado durante mais de seis décadas. Porém, depois da Segunda Guerra Mundial, o público exigia finais felizes, e as companhias de bailado passaram a apresentar um final alternativo, em que o par derrota o terrível feiticeiro e fica junto para sempre.
Num destes dias, fui assistir à versão da Companhia Nacional de Bailado, curioso para saber qual a decisão tomada quanto ao final. Como estava anunciado que a apresentação iria seguir a coreografia de Marius Petipa (um dos primeiros dinamizadores da obra) imaginei que talvez pudesse assistir à versão original. Puro engano: o feiticeiro é derrotado, o par amoroso triunfa e o bailado termina num romantismo algo bacoco.
Pobre civilização a que não enaltece as profundezas do trágico.
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