Duvidança de uma mente curiosa
Com o acordo ortográfico vigorando, "acção" e "activo" passarão a "ação" e "ativo". Ora os c's que desaparecem não estavam lá por mera operação de cosmética, mas para abrir as vogais antecedentes. Normalmente, a abertura de vogais (o ter de ser "áção" e não "ação") é efectuada por acentos, mas acentuar uma sílaba é assinalá-la como tónica, o que no caso do "activo" acarretaria uma mudança do tónico.
Ademais, ao contrário do que sucedia antes do anterior decreto ortográfico de 1911, e de como ocorre no francês, por exemplo, nenhuma palavra pode ter mais do que um acento (desconsiderando o til como acento, claro).
Como diabo é que se preservará a abertura das vogais nestas palavras? Lá se vai o projecto de adequar a ortografia à fonética...
Ademais, ao contrário do que sucedia antes do anterior decreto ortográfico de 1911, e de como ocorre no francês, por exemplo, nenhuma palavra pode ter mais do que um acento (desconsiderando o til como acento, claro).
Como diabo é que se preservará a abertura das vogais nestas palavras? Lá se vai o projecto de adequar a ortografia à fonética...
2 Comments:
caríssimo,
tenho para mim que a melhor maneira de combater o absurdo deste acordo ortográfico é ignorá-lo. Se eu escrever correctamente hoje, não será por obra de um acordo que amanhã vai estar errada a minha arte com o mesmo texto. Acordo para acção passar a ação? Ignorá-lo, digo eu. No absurdo, evidentemente. A vida própria que existe e anima a Língua portuguesa fará o resto. Espero eu, claro. Não?
O projecto parece-me que é adequar a ortografia ao português do Brásiu e só.
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