Onde está o proletariado?
Ontem, tendo de cumprir um pedido não rotineiro, vi-me forçado a sair de casa pelas 10 horas da manhã. Trânsito por todo o lado, imensas pessoas passeando na rua, crianças brincando, a pastelaria onde tinha um encontro marcado cheia... Na TV, imagens do treino da selecção de futebol (entenda-se: uns sujeitos de calções e manga curta brincando num jardim, numa espécie de Ilha dos Amores moderna e semi-viril), com centenas de pessoas a assistir.
Duvidei: se está toda a gente aqui, inactiva, quem diabo é que ficou a trabalhar?
Duvidei: se está toda a gente aqui, inactiva, quem diabo é que ficou a trabalhar?
1 Comments:
Se calhar têm todos empregos que lhes permitem ter encontros no jardim ou na pastelaria às dez da manhã, trabalhar em casa até às tantas da madrugada, etc. Chama-se mercado de trabalho do séc. XXI.
Mas no séc. XIX é que era! Ai, que saudades do proletário de fato-macaco e graxa na cara, com filhos subnutridos a vender jornais, enquanto a mãe lavava a escada da Senhora e punha no avental umas batatas greladas para cozer ao jantar! Isso é que era qualidade de vida!
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