quarta-feira, maio 21, 2008

Youth Without Youth


Um homem velho cujo corpo rejuvenesce após ser atingido por um raio, uma mulher jovem cujo corpo envelhece, um sósia nascido dentro de si mesmo, uma alma antiga que transmigra por vários tempos, uma viagem no tempo até à madrugada do homem por via da linguagem, e um homem que sonha um sonho no qual um sonho é sonhado, ad infinitum. São demasiadas ideias interessantes para colocar num só filme: e por vezes não se percebe qual a que Coppola pretende afinal contar.
Eis como um filme com aparência inteligente se transforma em mero amálgama de retratos imaginários sobre o tempo, como que numa colectânea de pensamentos dispersos sem coerência narrativa ou mesmo demonstrativa.
Coppola faz um pouco lembrar Rui Costa: em fins de carreira, reconhece-se como seu momento mais elevado o que lhe sucedeu enquanto júnior...