Insanidade (II)
A cobertura jornalística (?) em redor da participação portuguesa no Europeu atingiu hoje um novo mínimo histórico. Seis horas em directo sobre "a partida para a Suíça", ou seja, sobre coisa nenhuma. Jogadores já almoçaram. Jogadores deixam o hotel. Jogadores entram no autocarro. Jogadores saem do autocarro. Jogadores encontram-se com Cavaco Silva (bocejo). Cavaco Silva deseja sorte à equipa (adormecemos). Jogadores bebem sumo com laranja no Palácio de Belém (sono profundo). Jogadores deixam o Palácio de Belém. Jogadores chegam ao Aeroporto. O avião levanta vôo sem problemas.
Se alguém estiver acordado depois desta xaropada absoluta ainda leva com umas reportagens directamente da Suíça, com os emigrantes portugueses em grande comoção - já para não falar das habituais declarações entusiásticas de transeuntes, as quais são quase sempre devastadoras para a língua portuguesa. Quanto a vocês, não sei, mas eu estou enjoadíssimo deste circo. Que a bola comece a rolar, e depressa.
Se alguém estiver acordado depois desta xaropada absoluta ainda leva com umas reportagens directamente da Suíça, com os emigrantes portugueses em grande comoção - já para não falar das habituais declarações entusiásticas de transeuntes, as quais são quase sempre devastadoras para a língua portuguesa. Quanto a vocês, não sei, mas eu estou enjoadíssimo deste circo. Que a bola comece a rolar, e depressa.
2 Comments:
O Rui Santos, ontem, deteve-se a analisar declarações (dos adeptos) deste calibre:
- os jogadores podiam ser mais simpáticos
- gosto do Nuno Gomes porque se identifica [sic] com os meus netos, também gosto do cristiano ronaldo, mas é pouco risonho
- estou há dois dias para conseguir um autógrafo, não está fácil
- ainda não ganharam nada e já estão tão importantes [mais uma vez porque terão sido, de acordo com este adepto, pouco simpáticos e disponíveis para o povo de Viseu]
Começo a concluir que o futebol, a bola a rolar, não é o prato principal nesta história
k.
que a bola role então... dizemos nós e dizem os nossos queridos ministros que estão mesmo a precisar de uma tréguas.
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