"Actual" à deriva?
Bem sei que estamos em Agosto, mas por estes dias é difícil compreender a política editorial da "Actual", a revista de cultura do Expresso. O progressivo encolhimento do suplemento, a redução dos textos em prol da publicidade e do guia televisivo, e a preferência pelas imagens colossais em detrimento das apreciações dos especialistas deformaram gravemente a revista.
Deixo-vos com o sugestivo exemplo de um número recente. Em 48 páginas, 10 são exclusivamente publicidade (geral ou institucional). O guia de televisão (que facilmente se encontra na net ou num teletexto) ocupa 8 páginas, às quais se juntam mais quatro da agenda cultural. Uma entrevista a Gilberto Gil apresenta uma fotografia de duas páginas (não estou a brincar). O que sobra? Pouco, muito pouco. O cinema é despachado em duas páginas. A música e o teatro/dança não têm melhor sorte. Exposições? Uma página (com foto gigantesca). E os acontecimentos culturais da semana são apresentados em duas míseras páginas.
Seguindo este rumo, a "Actual" deixará de ser o melhor suplemento de cultura em Portugal.
Deixo-vos com o sugestivo exemplo de um número recente. Em 48 páginas, 10 são exclusivamente publicidade (geral ou institucional). O guia de televisão (que facilmente se encontra na net ou num teletexto) ocupa 8 páginas, às quais se juntam mais quatro da agenda cultural. Uma entrevista a Gilberto Gil apresenta uma fotografia de duas páginas (não estou a brincar). O que sobra? Pouco, muito pouco. O cinema é despachado em duas páginas. A música e o teatro/dança não têm melhor sorte. Exposições? Uma página (com foto gigantesca). E os acontecimentos culturais da semana são apresentados em duas míseras páginas.
Seguindo este rumo, a "Actual" deixará de ser o melhor suplemento de cultura em Portugal.
2 Comments:
Parafraseando o seu colega do post abaixo...(agora olho com imenso cuidado não vá voltar a baralhar nomes e a confundir estilos) levam tudo à letra...e como se diz que uma imagem vale mais do que mil palavras...uma imagem enorme deve valer imensas palavras...
Sinais dos tempos, meu caro...
Como vossa excelência por certo imaginará com facilidade, prefiro não comentar.
Enviar um comentário
<< Home