É mais civilizado quem mais preserva o selvagem
Uma tal de União Internacional de Conservação da Natureza emitiu agora um estudo dizendo com ar muito chocado que 48% dos primatas está em vias de extinção, em especial na Ásia, em países como o Cambodja, o Vietname, a Indonésia, o Laos, e a China.
As causas são variadas, e vão desde a destruição de habitats à caça para comércio ilegal ou alimentação. Há países onde, diz-se, «os primatas estão literalmente a ser devorados até à extinção». Ver aqui.
Fala-se, claro, dos primatas em condições selvagens. As quais obviamente só existem onde a civilização tecnológica não conseguiu meter o dedo. E não conseguiu meter o dedo porque os países em questão, quer os asiáticos referidos, quer os africanos Congo, Ruanda, e Botsuana (onde apesar de tudo parece que os dados não são tão alarmantes), estão ainda em vias de desenvolvimento. É muito fácil para nós, gente do hemisfério norte no conforto do seu sofá, vivendo em países nos quais as coisas mais selvagens que se encontram são os chocolates Lion e João Vale e Azevedo, acusar os outros de matar os queridos primatas, e quase exigir que se mantenham subdesenvolvidos para continuarmos a ver gorilas e orangotangos na TV. Esquecemo-nos porém que se há gente a matar primatas para comer, é porque se o não fizerem estarão eles mesmos em vias de extinção.
Tudo isto resolvia-se com algo que defendo há vários anos: se os países ricos querem os animaizinhos da Ásia e da África vivendo nos seus habitats naturais, então paguem àqueles que os têm. Se é do interesse de todos que haja lugares selvagens no planeta (e acredito que é), que toda a gente contribua para os preservar: uma contribuição do género "aceitem esta contribuição financeira para evitar que o vosso desenvolvimento se faça à custa da vossa fauna e flora".
No fundo, é do maior interesse da civilização que haja ainda selvajaria contemplável...
As causas são variadas, e vão desde a destruição de habitats à caça para comércio ilegal ou alimentação. Há países onde, diz-se, «os primatas estão literalmente a ser devorados até à extinção». Ver aqui.
Fala-se, claro, dos primatas em condições selvagens. As quais obviamente só existem onde a civilização tecnológica não conseguiu meter o dedo. E não conseguiu meter o dedo porque os países em questão, quer os asiáticos referidos, quer os africanos Congo, Ruanda, e Botsuana (onde apesar de tudo parece que os dados não são tão alarmantes), estão ainda em vias de desenvolvimento. É muito fácil para nós, gente do hemisfério norte no conforto do seu sofá, vivendo em países nos quais as coisas mais selvagens que se encontram são os chocolates Lion e João Vale e Azevedo, acusar os outros de matar os queridos primatas, e quase exigir que se mantenham subdesenvolvidos para continuarmos a ver gorilas e orangotangos na TV. Esquecemo-nos porém que se há gente a matar primatas para comer, é porque se o não fizerem estarão eles mesmos em vias de extinção.
Tudo isto resolvia-se com algo que defendo há vários anos: se os países ricos querem os animaizinhos da Ásia e da África vivendo nos seus habitats naturais, então paguem àqueles que os têm. Se é do interesse de todos que haja lugares selvagens no planeta (e acredito que é), que toda a gente contribua para os preservar: uma contribuição do género "aceitem esta contribuição financeira para evitar que o vosso desenvolvimento se faça à custa da vossa fauna e flora".
No fundo, é do maior interesse da civilização que haja ainda selvajaria contemplável...
1 Comments:
Não podia discordar mais. Devorar primatas e outros que mais NÃO é um caminho obrigatório, nem sequer opcional, para o desenvolvimento de um país.
Primeiro, o desenvolvimento económico dificilmente se atinge, sem antes obter um desenvolvimento, ainda que mínimo, cultural.
Segundo, nesses países onde há primatas, há em larga escala caça grossa, rebanhos, manadas... Os primatas são brutal e sadicamente assassinados meramente para satisfazer caprichos da "grande" China e do nosso hipócrita Ocidente!
Há documentários bastante interessantes a este respeito.
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