Uma fogueira que não faz muito calor
O amigo com quem partilho este blogue pensou que se ia meter numa cruzada heróica ao defender a extinção do chamado Rendimento Social de Inserção, que nem D. Quixote avançando contra os moinhos de Freston. Mas vai parecendo que afinal não tem grande oposição às ideias que apresentou.
De minha parte, acho graça sobretudo ao novo nome que deram à coisa: rendimento social de inserção. Inserção onde?, e em quê? Se acaba por ser incentivo a não se trabalhar (porque nem se assemelha a um subsídio de desemprego), não produz mais exclusão social do que inserção? Só se aqui pretende-se auxiliar as pessoas a ficarem em casa (ou na barraca, ou na tenda, consoante as preferências de cada um) permanentemente sem mexer uma palha: aí sim, é um rendimento social de inserção doméstica.
De minha parte, acho graça sobretudo ao novo nome que deram à coisa: rendimento social de inserção. Inserção onde?, e em quê? Se acaba por ser incentivo a não se trabalhar (porque nem se assemelha a um subsídio de desemprego), não produz mais exclusão social do que inserção? Só se aqui pretende-se auxiliar as pessoas a ficarem em casa (ou na barraca, ou na tenda, consoante as preferências de cada um) permanentemente sem mexer uma palha: aí sim, é um rendimento social de inserção doméstica.
3 Comments:
Pareceu-me que era mais esta a posição defendida: "Claro que não está em causa suprimir o dito rendimento; mas não podemos continuar a atribuí-lo sem olhar às condições de aplicação (...)".
É capaz de ter muita razão, cara lavínia, quanto ao que os posts do meu "masterblogger" deixam transparecer, e eu tenha exagerado um pouco ao projectar-me neles. Mas parece-me que ele terá começado apenas com pezinhos de lã, quando pretende percorrer um caminho um pouco mais longo.
De minha parte, extinção do RSI, e já. Não há nada que esse subsídio faça que não possa ser cumprido de maneira mais eficaz e justa por outros mecanismos legais e prestações sociais (esses, sim, a carecerem alterações), a saber,a definição do salário mínimo, o subsídio de aposentação, o subsídio de desemprego, o subsídio de doença, e o subsídio de maternidade/paternidade.
Mas isto é só a minha opinião, que nem ao menino Jesus interessa, muito menos a outros que não eu...
Obrigado, Lavínia, por teres acorrido em minha defesa. Aqui o meu camarada espinosista forçou um bocadinho a leitura... Não é que eu ache impossível ou totalmente indesejável a extinção do RSI, mas de momento considero importante mantê-lo em casos extraordinários.
Mas, como imaginam, não concordo propriamente com a ideia de oferecer 1100 euros mensais a um senhor com cadastro, alcóolico e que participa regularmente em rixas com a polícia.
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