A plasticidade do cinema
Este Verão trouxe-nos duas experiências que me espantaram no cinema. Ambas expandem o cinema para lá da ideia original de si mesmo, e tratam-no como um meio artístico não fotográfico mas sim extragráfico, manipulando a tela de projecção ao jeito de uma tela de pintura. Speed Racer mais parece um dinâmico livro de colorir do que um filme, e Hellboy II, pelo desenho das personagens e dos cenários, surge mais como um devaneio da imaginação num festival de cores. Em ambos, a tela é posta como palco que é afinal uma paleta.
É isto ainda cinema? Ou há aqui um alargamento daquilo que pode alcançar?
É isto ainda cinema? Ou há aqui um alargamento daquilo que pode alcançar?
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