Citação do dia
"[...] o capitalismo e o mercado não vão desaparecer. A actual crise financeira não vai levar o capitalismo para o caixote do lixo da história nem ressuscitar o socialismo e o colectivismo. O que vai [...] é levar-nos a repensar a sério o papel do Governo, dos reguladores nos mercados e dos tribunais.", Miguel Monjardino, no "Expresso".
Reflectir sobre o modelo económico das sociedades ocidentais é uma pura perda de tempo, pois o capitalismo não é hoje uma opção, mas o verdadeiro alicerce do nosso modo de vida. Ninguém está preparado - e sobretudo, ninguém está disposto - a abandonar essa lógica por motivos ideológicos ou por receio de que o sistema tenha deficiências. Esta é a hora, não para pôr o capitalismo em causa, mas para debater os mecanismos que o enquadram e lhe conferem eficácia.
Reflectir sobre o modelo económico das sociedades ocidentais é uma pura perda de tempo, pois o capitalismo não é hoje uma opção, mas o verdadeiro alicerce do nosso modo de vida. Ninguém está preparado - e sobretudo, ninguém está disposto - a abandonar essa lógica por motivos ideológicos ou por receio de que o sistema tenha deficiências. Esta é a hora, não para pôr o capitalismo em causa, mas para debater os mecanismos que o enquadram e lhe conferem eficácia.
4 Comments:
Eu acho que isto está a chegar ao fim, mas com tranquilidade...
http://avarinhamagicadevalentimloureiro.blogspot.com/
Não sei se percebes que houve quem tivesse escrito exactamente a mesma coisa no séc. XIII, a propósito do feudalismo, e no séc XVIII, a propósito da abolição da escravatura. Não há nada mais conveniente (e mais perigoso) do que ilusões de eternidade. Um abraço.
Meu caro Vasco, talvez eu não me tenha expressado bem... Eu não queria dizer que o capitalismo é eterno, mas sim que não é possível que o capitalismo morra sem que findem também todos os aspectos sociais, políticos e até quotidianos que sustentam as sociedades ocidentais modernas.
Pode acontecer? Então não pode... Olha o que aconteceu ao império romano, por exemplo... Abraço!
Meu caro amigo: parece-me um puro contra-senso dizer que esta não é a hora de pôr o capitalismo em causa (e pôr em causa significa apenas pensar sobre os seus fundamentos) quando o próprio sistema se pôs a si mesmo em causa. É evidente que a lógica de autoregulação do mercado falhou (caso contrário, não seria necessária uma intervenção concertada dos estados nesse domínio). Isso não prenuncia, como é óbvio, a iminência do apocalipse, nem um retrocesso histórico (regresso ao colectivismo/socialismo), nem o abandono puro e simples do modelo vigente, mas apenas a inevitabilidade de uma reflexão sobre a reconfiguração sistema. E eu não percebo como se pode reflectir sobre o que quer que seja sem o pôr em causa (melhor: só percebo que não se possa pôr x em causa, se x for pensado à maneira de um estado eterno ou terminal). Já agora: como bem sabes, o império romano e o seu modo de vida não ruiu do dia para a noite... Pura e simplesmente, foi ruindo... Como tudo, de resto... Um abraço.
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