Crise existencial (II)
O único momento que me agrada nas viagens de avião é aquele muito curto em que, num dia nublado, emergimos acima das nuvens, como se nos estivéssemos a desenterrar de um solo de névoa. O sol então brilha por cima, e por baixo, mesmo rente à parte de baixo do avião, um tapete de nuvens. Nesses momentos, gosto de olhar pela janela e pensar: "This is as close as I'll ever get to Heaven..." (Assim, em inglês e tudo, por causa do "heaven".)
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