Será Miguel Cadilhe meu vizinho?
Voltando aos meus tempos de administrador de condomínio. Em reunião da Assembleia, numa sexta-feira, um dos condóminos pediu autorização para subir ao telhado no dia seguinte montar uma antena privada de televisão. Todos consentiram. No sábado, com uma barulheira dos diabos, lá o homem montou a antena. No domingo, eu e ele (sub-administrador) reunimo-nos com o construtor do edifício, para discutir algumas reparações que tinham de ser feitas, entre as quais a substituição de alguns vidros da clarabóia, rachados há muito. O construtor, tentando isentar-se do trabalho e dos custos, perguntou: «Mas como é que sabem que as rachas estão lá por defeito de construção? Se continuam a subir pessoas ao telhado, é normal que os vidros rachem.» Resposta de rajada desse meu vizinho: «Eu nunca lá fui!»
Recordei esta história ao ver a conferência de imprensa de Miguel Cadilhe. «Não fui eu! Foi ele.» Neste caso, o ele é o supervisor: um pouco como um criminoso dizer que a culpa do seu acto ilícito é da polícia por não o ter impedido...
Uma pergunta óbvia impõe-se: se os administradores das instituições financeiras não se responsabilizam por actos danosos de gestão, porque é que recebem tanto dinheiro para fazerem o que fazem? Payment without responsibility? Também quero...
Recordei esta história ao ver a conferência de imprensa de Miguel Cadilhe. «Não fui eu! Foi ele.» Neste caso, o ele é o supervisor: um pouco como um criminoso dizer que a culpa do seu acto ilícito é da polícia por não o ter impedido...
Uma pergunta óbvia impõe-se: se os administradores das instituições financeiras não se responsabilizam por actos danosos de gestão, porque é que recebem tanto dinheiro para fazerem o que fazem? Payment without responsibility? Também quero...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home