quarta-feira, janeiro 31, 2007

Post escrito às três e treze do dia trinta

Vai por aí grande excitação entre os casalinhos portugueses, agora que se aproxima o dia 7/07/2007. A SIC noticiou que esta data suscitou uma singular procura entre aqueles que pretendem dar o nó. Donos de restaurantes e fotógrafos confessam terem recebido centenas de propostas para esse dia específico. Houve quem garantisse reserva há mais de dois anos. Vários casais aguardam em lista de espera.

A que se deve este entusiasmo? A SIC entrevistou alguns casais e desvendou o mistério. “É uma data mística”, dispararam. “É a garantia de um casamento feliz”. Um sociólogo explicou: “o número sete representa a perfeição e faz prever uma união bem sucedida”. Ora aí está um sinal de optimismo. Olhar para 7/07/2007 como uma data com três setes – e portanto favorável ao êxito – e não como uma data com três zeros – que, suponho, segundo a matemática astrológica desta gente, não deve augurar nada de bom.

Um segundo grupo atirou: “É uma data fácil de fixar. Assim não nos esquecemos!”. O casamento tornou-se num acto tão insignificante, tão dispensável e secundário, que os próprios noivos receiam olvidá-lo. Assim sendo, aqui fica um conselho gratuito para a malta que pensa em juntar os trapinhos: comecem a fazer reservas para 8/08/2008, 9/09/2009 ou – no caso de pretenderem algo verdadeiramente excêntrico – 13/13/2013 (isso sim, é um desafio!), antes que esgote.

A resposta mais curiosa veio de uma tal de Sónia Trigo. Dizia a pequena que “era magnífico poder casar-se no mesmo dia em que vão ser anunciadas as novas sete maravilhas do mundo”. Plena de criatividade, Sónia confessou ter tido uma ideia brilhante: “cheguei mesmo a pensar em instalar ecrãs no restaurante, para podermos ver a cerimónia em directo”. Mas um senão fê-la reconsiderar: “Achei que iria maçar os convidados”. Não se dê ao trabalho, querida, eles já vão apanhar uma seca do caraças.

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