Pós-referendo (II)
Um breve passeio pela blogosfera, pelos jornais ou pela televisão mostram igualmente a evidência da auto-ilusão como lastimável sub-produto da votação de dia 11. Frases como “Portugal chegou ao séc. XXI” (verdadeiro grito de vitória na noite de domingo), ou o extraordinário post “Acordar com a sensação de que a longa noite obscurantista chegou ao fim” (Sim no Referendo) são manifestações ridículas de quem precisa urgentemente de sair de casa e observar a triste realidade portuguesa. Não me interpretem mal: o triunfo do “sim” foi um passo positivo e necessário para resolver um problema de saúde pública, mas considerar que se verificou um “avanço civilizacional” ou que Portugal, por artes mágicas, registou no domingo um progresso significativo para a sua existência, é um exercício quimérico e delirante.
Etiquetas: aborto, ilusão, progresso, referendo, século XXI
1 Comments:
São de " pequenos " passos que se faz o progresso...
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