O risco da obstinação
Uma das virtudes de Sócrates – assim nos querem fazer crer – é a sua coragem. Em contraste com o seu antecessor socialista (Guterres), Sócrates é um primeiro-ministro decidido, capaz de apresentar um plano com clareza e seguir o caminho projectado com determinação. O problema é que a determinação anda de mãos dadas com a obstinação.
O caso do aeroporto da Ota tem revelado como esta constatação pode ter consequências nefastas. Apesar de todos os estudos mostrarem as deficiências do projecto (a enorme distância da capital, os fracos acessos rodoviários e ferroviários para a região, os problemas logísticos, os gigantescos requisitos financeiros, os danos ambientais, etc.), Sócrates mantém uma fé inabalável na construção do aeroporto na Ota, assumindo-o como um desígnio nacional de inquestionável urgência e interesse para o país.
Porém, a realidade poderá ser bem distinta. Depois de vários anos a construir e propagandear a imagem de um político resoluto e inquebrantável, Sócrates pura e simplesmente não pode ceder, mesmo que os argumentos técnicos e/ou políticos o recomendassem vivamente. De certo modo, Sócrates vive e alimenta-se da sua própria teimosia, afinal o seu maior trunfo político. Assim sendo, e para assegurar a sua sobrevivência, Sócrates poderá ter que enveredar por caminhos que serão prejudiciais para o país. Eis um sério risco que corremos.
O caso do aeroporto da Ota tem revelado como esta constatação pode ter consequências nefastas. Apesar de todos os estudos mostrarem as deficiências do projecto (a enorme distância da capital, os fracos acessos rodoviários e ferroviários para a região, os problemas logísticos, os gigantescos requisitos financeiros, os danos ambientais, etc.), Sócrates mantém uma fé inabalável na construção do aeroporto na Ota, assumindo-o como um desígnio nacional de inquestionável urgência e interesse para o país.
Porém, a realidade poderá ser bem distinta. Depois de vários anos a construir e propagandear a imagem de um político resoluto e inquebrantável, Sócrates pura e simplesmente não pode ceder, mesmo que os argumentos técnicos e/ou políticos o recomendassem vivamente. De certo modo, Sócrates vive e alimenta-se da sua própria teimosia, afinal o seu maior trunfo político. Assim sendo, e para assegurar a sua sobrevivência, Sócrates poderá ter que enveredar por caminhos que serão prejudiciais para o país. Eis um sério risco que corremos.
Etiquetas: José Sócrates, Ota, política portuguesa
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Tema mais chato...
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