Auf Wiedersehen
Pedro Arroja deixou o Blasfémias. O enfant terrible da blogosfera, especialista em argumentos falaciosos e generalizações simplistas, acabou traído pelos seus pares blasfemos, após um post anti-semita, onde se podia ler "(...) os intelectuais de cultura judaica são sempre mais fieis à sua cultura do que à verdade e, em caso de conflito entre ambas, optam pela primeira em detrimento da segunda - e sem hesitação”.
Nada que não se esperasse: há vários meses que o professor Arroja nos vem brindando com a sua peculiar visão de extrema-direita, assente no binómio autoridade/poder, na defesa incondicional de uma moral conservadora e uma visão social e política bafienta e caduca. Sem surpresas, os seus posts geravam largas dezenas de comentários, mas parece-me evidente que nem esta ideologia, nem a sua subversiva lógica argumentativa deixarão saudades. Deixo-vos com uma selecção de algumas preciosidades redigidas pelo professor, num post intitulado “Dona”, que vai perdurar como um momento ímpar na história da blogosfera portuguesa (sublinhados meus):
“(...) uma família de tradição católica é um sistema de autoridades hierarquizadas e especializadas, competindo à mulher o governo da casa, de que ela é a autoridade executiva, e competindo ao homem assegurar o sustento da casa, de que ele é a autoridade suprema, embora meramente simbólica.
Em consequência, a mulher da tradição católica desenvolveu ao longo dos séculos uma capacidade para, ao fim do mês, e em nome do governo da casa, despojar completamente o marido de tudo quanto ele ganha - e só às vezes condescendendo em que ele guarde uma pequena parcela para as suas despesas pessoais. Aos olhos do homem católico, a sua mulher é uma mulher cara, levando-lhe invariavel e religiosamente o vencimento por inteiro ao final de cada mês. (...)
O tratamento de jóia que o marido de tradição católica por vezes consagra à sua mulher está lá para lhe lembrar permanentemente que ela lhe custa os olhos da cara, e não tem correspondente em tratamento semelhante no mundo anglo-saxónico.
A forma como ele popularmente se refere a ela perante terceiros, como sendo a patroa, ilustra bem que, lá em casa, quem controla o dinheiro é ela, não ele. O título de Dona que a mulher da tradição católica adquire com o casamento revela que tudo aquilo que existe em casa é dela porque foi comprado por ela - embora quase sempre, e às vezes exclusivamente, com o dinheiro do marido.”
Nada que não se esperasse: há vários meses que o professor Arroja nos vem brindando com a sua peculiar visão de extrema-direita, assente no binómio autoridade/poder, na defesa incondicional de uma moral conservadora e uma visão social e política bafienta e caduca. Sem surpresas, os seus posts geravam largas dezenas de comentários, mas parece-me evidente que nem esta ideologia, nem a sua subversiva lógica argumentativa deixarão saudades. Deixo-vos com uma selecção de algumas preciosidades redigidas pelo professor, num post intitulado “Dona”, que vai perdurar como um momento ímpar na história da blogosfera portuguesa (sublinhados meus):
“(...) uma família de tradição católica é um sistema de autoridades hierarquizadas e especializadas, competindo à mulher o governo da casa, de que ela é a autoridade executiva, e competindo ao homem assegurar o sustento da casa, de que ele é a autoridade suprema, embora meramente simbólica.
Em consequência, a mulher da tradição católica desenvolveu ao longo dos séculos uma capacidade para, ao fim do mês, e em nome do governo da casa, despojar completamente o marido de tudo quanto ele ganha - e só às vezes condescendendo em que ele guarde uma pequena parcela para as suas despesas pessoais. Aos olhos do homem católico, a sua mulher é uma mulher cara, levando-lhe invariavel e religiosamente o vencimento por inteiro ao final de cada mês. (...)
O tratamento de jóia que o marido de tradição católica por vezes consagra à sua mulher está lá para lhe lembrar permanentemente que ela lhe custa os olhos da cara, e não tem correspondente em tratamento semelhante no mundo anglo-saxónico.
A forma como ele popularmente se refere a ela perante terceiros, como sendo a patroa, ilustra bem que, lá em casa, quem controla o dinheiro é ela, não ele. O título de Dona que a mulher da tradição católica adquire com o casamento revela que tudo aquilo que existe em casa é dela porque foi comprado por ela - embora quase sempre, e às vezes exclusivamente, com o dinheiro do marido.”
Etiquetas: blogosfera, palavras dos outros
3 Comments:
Confesso que não conhecia o senhor. O que me leva uma vez mais a concluir que a ignorância é, na maior parte dos casos, um predicado abençoado.
Este comentário foi removido pelo autor.
E então não é que tenho esperança que o senhor se tenha retirado para um ano sabático?
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