Se há "posts" de Verão...
... este é seguramente um dos melhores. O início é delicioso:
"Os bancos fazem agora venda ambulante. A ideia é enfiar cartões de crédito na carteira das pessoas. Os vendedores estão em qualquer lugar. No outro dia e ali junto ao Tejo, aproxima-se uma rapariga jovem com um sorriso que prometia. Depois de nos cumprimentar, a mim e a um amigo, começa a venda. Tratava-se de um cartão de crédito que, nas palavras dela, não é como os outros.
Antes de ouvirmos com atenção a ladainha do costume, não pudemos deixar de reparar nos avassaladores seios que a rapariga levava para a venda, visíveis, estou certo, da outra margem do rio. Umas mamas incontáveis, que eram desnecessariamente ajudadas por um artefacto engenhoso, disfarçado na roupa, que as empinava três torres Vasco da Gama acima do rio. A ver pelas glândulas, o plafond prometia.
Sobre a conversa, pouco há a dizer. Pose pirosa, tiques brejeiros e algum atrevimento. Falava connosco como falará com as amigas nos átrios dos centros comerciais ou nas saídas às docas. Um desplante. Queria tanto vender que concordava sempre connosco, até quando lhe disse que não gostava de bancos nem com molho de tomate. “Eu também não” – disse ela, como se fosse capaz de distinguir um banco de uma cabine telefónica. "
Visitem o Lóbi do Chá e leiam o resto, que vale a pena.
"Os bancos fazem agora venda ambulante. A ideia é enfiar cartões de crédito na carteira das pessoas. Os vendedores estão em qualquer lugar. No outro dia e ali junto ao Tejo, aproxima-se uma rapariga jovem com um sorriso que prometia. Depois de nos cumprimentar, a mim e a um amigo, começa a venda. Tratava-se de um cartão de crédito que, nas palavras dela, não é como os outros.
Antes de ouvirmos com atenção a ladainha do costume, não pudemos deixar de reparar nos avassaladores seios que a rapariga levava para a venda, visíveis, estou certo, da outra margem do rio. Umas mamas incontáveis, que eram desnecessariamente ajudadas por um artefacto engenhoso, disfarçado na roupa, que as empinava três torres Vasco da Gama acima do rio. A ver pelas glândulas, o plafond prometia.
Sobre a conversa, pouco há a dizer. Pose pirosa, tiques brejeiros e algum atrevimento. Falava connosco como falará com as amigas nos átrios dos centros comerciais ou nas saídas às docas. Um desplante. Queria tanto vender que concordava sempre connosco, até quando lhe disse que não gostava de bancos nem com molho de tomate. “Eu também não” – disse ela, como se fosse capaz de distinguir um banco de uma cabine telefónica. "
Visitem o Lóbi do Chá e leiam o resto, que vale a pena.
Etiquetas: blogosfera, palavras dos outros, Verão
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