sábado, março 31, 2007

E ao sétimo dia, Deus descansou

O PCP e a malta do Bloco descobriram novo tema fracturante: os hipermercados abertos ao domingo. Vai daí orquestraram uma proposta de lei que visa acabar com este flagelo. Agostinho Lopes, deputado do PCP, invoca “o direito dos trabalhadores ao descanso”. Aparte a ironia que é ver um partido anti-clerical e ateísta advogar a sacralidade do domingo, gostaria de questionar: mas porquê apenas os hipermercados? Se o cerne da questão é o “direito ao descanso”, então, camaradas, não se fiquem pelo Jumbo e pelo Feira Nova!

Fechemos os restaurantes, bares e cafés. Encerrem-se os cinemas, os teatros e as salas de concertos. Acabem com os jogos de futebol ao domingo. O pessoal do telemarketing também quer descansar, como a polícia, os seguranças, os porteiros e os guardas-nocturnos. E, já agora, em nome do rigor, que ninguém se esqueça de dar folga aos padres. Por uma questão de coerência.

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E já agora descanso dominical para as donas de casa que ombreiam a trabalhar todos os dias como os restantes trabalhadores e no domingo se transforma na "fada do lar" e assegura os trabalhos domésticos para na segunda feira retomar a sua condição de trabalhadora..

6/4/07 10:05  
Anonymous Anónimo said...

O facto de ridicularizarem a questão de trabalhar ao domingo não a torna menos preocupante. Se vocês tivessem que trabalhar todos os domingos por necessidade e não tivessem oportunidade de estar com a vossa família em qualquer outro dia da semana com certeza não estavam a falar do alto da vossa arrogância pseudo-intelectual.

5/5/07 15:10  

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