quinta-feira, junho 14, 2007

O inquérito

Já passaram 23 dias – vinte e três – desde que o professor Fernando Charrua foi suspenso de funções pela fiel escudeira Margarida Moreira, a directora da DREN. Foi aberto um “inquérito” às putativas declarações de Charrua (insultos? piadas?) relativas à licenciatura de José Sócrates. Desde logo, o Governo e os dirigentes e deputados socialistas recomendaram paciência à opinião pública, de forma a que o “inquérito” decorresse com normalidade e se “apurasse a verdade dos factos”. Foi tornado público que Charrua fez as suas declarações a um amigo num gabinete e que um terceiro delator informou a directora da DREN.

Estando isto esclarecido, desculpem-me perguntar: que género de inquérito envolvendo quatro pessoas e uma frase demora três semanas? Que tipo de interrogatórios podem ser conduzidos? Que perguntas são essas que necessitam de horas e horas de formulação, e de dias e dias de ponderadas respostas? Que tipo de intrincados procedimentos pode este acontecimento suscitar? Que complexos meandros pode envolver uma situação que diz respeito a uma frase dita de A para B, ouvida por C e transmitida a D? Como é que é possível fazer um inquérito sobre este assunto em mais de quinze minutos?

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1 Comments:

Blogger nelio said...

eu corrigiria a pergunta final: como é que é possível perder-se tempo com um assunto destes? nem dois minutos!

14/6/07 14:31  

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